A indústria automotiva está perdendo os grandes índices de vendas, característicos dos últimos anos. Diversas fábricas no Brasil darão férias coletivas nos próximos meses, em virtude da redução na produção. Este foi um dos fatores que motivaram os trabalhadores do 1º e 3º turno da General Motors aprovarem a nova proposta da empresa para a campanha salarial de 2014, que prevê reajuste salarial de 7%. Além disso, a proposta contempla o Piso Salarial de 1.300,00, PPR a partir de R$ 10.000 e Abono Salarial a partir de R$ 3.200,00. A partir da aprovação destes números, fica extinta a possibilidade de greve dentro do complexo automotivo situado em Gravataí.
- Quando iniciamos uma campanha salarial, nós analisamos como todas as outras montadoras brasileiras estão realizando seus acordos salariais. Foi uma negociação muito difícil. As montadoras produzem bilhões de carros por ano, mas quando os índices começam a cair, isso acaba sendo descontado no salário do trabalhador - explica o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Edson Dorneles.
A reivindicação dos trabalhadores era de Piso Salarial de R$ 1.400,00, PPR a partir de R$ 11.200,00 e abono salarial a partir de R$ 3.500,00. Porém, tendo em vista o momento frio do mercado, o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí vê a negociação como positiva, e espera que no ano seguinte novos avanços sejam realizados.
- O patrão não é amigo de ninguém. Conseguimos bons avanços com relação ao que a GM pretendia, mas não há como dizer que foi um excelente acordo. Em 2015 vamos lutar por condições ainda melhores - promete o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari.
A atividade foi realizada às 5h30, nesta quinta-feira (17/04), no estacionamento do Complexo Automotivo da General Motors, em Gravataí. Ainda será realizada a votação com os trabalhadores do segundo turno, prevista para iniciar às 14h.
Comentários