A decisão da General Motors de excluir a fábrica de São José dos Campos do pacote de investimentos de R$ 6,5 bilhões que a empresa anunciou para o Brasil até 2018 surpreendeu o Sindicato dos Metalúrgicos e o governo do prefeito Carlinhos Almeida (PT).
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá, disse que a GM não comunicou oficialmente o sindicato sobre a decisão.
“Assinamos dois acordos trabalhistas com a empresa no ano passado para viabilizar investimentos na fábrica de São José no total de R$ 3 bilhões. Os trabalhadores fizeram sua parte. Esperamos que a empresa cumpra o que foi acordado”, disse.
Carta. Macapá afirmou que ontem o sindicato encaminhou uma carta à GM em que cobra informações sobre a proposta de suspensão do contrato de trabalho de parte dos funcionários da unidade industrial de São José e do investimento na fábrica.
“Aguardamos um posicionamento da empresa”.
O anúncio da montadora foi feito na quinta-feira da semana passada à presidente Dilma Rousseff (PT), em Brasília.
No mesmo dia, o governo Carlinhos Almeida divulgou nota informando que havia feito contato com a empresa e que a expectativa era que a unidade de São José fosse contemplada com parte do investimento.
“Esse anuncio da GM é uma boa notícia, significa uma mudança da empresa, que até esse momento não havia anunciado novos investimentos no Brasil. Nós esperamos que nesse processo, a fábrica de São José também possa receber investimentos e, no futuro, ter aqui na nossa cidade uma nova planta produzindo novos veículos”, disse o prefeito Carlinhos Almeida.
No entanto, no sábado, o jornal “O Estado de São Paulo” publicou entrevista com o presidente da GM para a América do Sul, Jaime Ardilla, que afirmou que a fábrica de São José não está incluída no pacote.
Em nota, o governo Carlinhos informou ontem que o município vai “cobrar da GM que o compromisso de realizar investimentos na cidade seja mantido”.
O prefeito reforçou a proposta de conceder incentivos fiscal e de infraestrutura, desde que a montadora invista na produção de um novo veículo em São José. “A administração quer a volta da expansão da GM na cidade”.
Para o diretor regional do Ciesp na cidade, Almir Fernandes, a exclusão de São José é “prenúncio de que a unidade local pode fechar”. “O sindicato recusou vários projetos para São José, até parece que quer o fechamento da fábrica”, afirmou o dirigente.
fonte:http://www.ovale.com.br/veto-da-gm-surpreende-sindicalistas-e-prefeitura-1.552745
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