General Motors (GM) informou ao Sindicato dos Metalúrgicos nesta segunda-feira (18) que pretende realizar a suspensão dos contratos de trabalhadores da unidade de São José dos Campos pelo período de cinco meses. O número de trabalhadores que seriam afetados pela medida no complexo, que emprega cerca de 5,2 mil funcionários, não foi informado pela montadora. No ofício, a GM também afirma a intenção de abertura de Plano de Demissão Voluntária (PDV) na planta da cidade.
A necessidade de layoff (suspensão dos contratos de trabalho) foi anunciada pela montadora em julho, alegando a necessidade de adequar o volume de produção à desaceleração do mercado.
Segundo o sindicato, a GM apenas informou que o período do layoff seria de cinco meses, dentro do tempo máximo permitido por lei. A empresa não detalhou no ofício o total de trabalhadores e setores que seriam atingidos, nem a data de início da suspensão dos contratos.O sindicato informou ainda que a montadora também tem a intenção de abrir um PDV para os trabalhadores que tiverem os contratos suspensos. A carta ainda reforça a garantia de retorno aos emprego após o layoff e por mais um período a ser definido, conforme já havia sido comunicado na semana passada.
“Recebemos a carta explicando apenas os objetivos do layoff, mas sem detalhes. Com essas informações não dá nem para fazer assembleia”, afirmou o diretor da entidade Célio Dias da Silva.
Segundo ele, o sindicato encaminhará uma notificação à montadora n esta terça-feira (19) pedindo outras informações. “Queremos saber o total de trabalhadores, setores, prazos e os períodos adicionais de garantia no emprego. Cobramos a estabilidade”, disse.
investimentos
Nesta segunda-feira, a GM descartou a possibilidade de que parte do investimento de R$ 6,5 bilhões no país, anunciado na semana passada, seja destinado à unidade de São José. Segundo a montadora, o aporte será voltado para infraestrutura e novos produtos até 2018, mas ainda não há definição das plantas que receberão o investimento.investimentos
Entretanto, não foi descartada a possibilidade da cidade receber outro investimento, de R$ 2,5 de bilhões, que foi anunciado no ano passadopara fabricação de um novo produto em um dos países onde a empresa atua. Na época, a montadora informou que se o capital viesse para o Brasil, o complexo da região seria priorizado. Segundo a montadora, ainda não há definições sobre este aporte específicamente.
Outro lado
A GM foi procurada, mas comunicou, por meio de nota, que não informa detalhes do acordo de layoff, como o número de trabalhadores e o período.
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