Foram retomadas na noite desta segunda-feira (25) as transferências de presos da Penitenciária Estadual de Cascavel, no oeste do Paraná. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná (Seju), a Polícia Militar havia suspendido a ação por motivos de segurança, mas optou pela retomada. A rebelião continua, e os agentes penitenciários feitos reféns só devem ser liberados após o fim das transferências.A porta voz da Polícia Militar, tenente Marcia Bilibio, disse que as negociações continuam e que está tudo sob controle dentro da unidade. "As transferências continuam e a todo momento estamos despachando vans com presos. Vamos continuar transferindo durante a madrugada, a não ser que os presos rebelados parem de liberar os detentos que eles escolhem para serem transferidos", informou. A Polícia Militar não soube dizer o número de transferidos.
Preso sendo decapitado
Mais cedo, a comissão de negociação firmou acordo com os detentos para colocar fim à rebelião. Segundo a Seju, foi acordado que mais de 600 presos devem ser transferidos para presídios estaduais. Os presos devem seguir para cidades como Foz do Iguaçu, Guarapuava e Curitiba.
Ainda durante o domingo, 145 detentos foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC), que fica próxima a PEC. O grupo era formado por presos que estavam sendo ameaçados pelo rebelados. Outros 68 foram encaminhados para a Penitenciária de Francisco Beltrão, no sudoeste do estado , e mais seis devem ser transferidos para a Penitenciária Estadual de Maringá, na região norte do Paraná, e para Curitiba.
Até agora, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) confirmou que quatro detentos foram mortos pelos rebelados - dois deles foram decapitados, e outros dois morreram após serem atirados de cima do telhado da unidade. A rebelião teve início às 6h30 de domingo (24).
Rebelião
De acordo com o advogado dos agentes penitenciários, Jairo Ferreira, a rebelião teve início no momento em que o café da manhã era entregue aos detentos. O trinco de uma das grades estava serrado, o que permitiu aos presos puxarem o agente para dentro e iniciarem a rebelião. Ainda segundo o advogado, apenas dez agentes estavam de plantão no presídio, que tem capacidade para abrigar 1.116 condenados e estava com 1.040 presos quando a rebelião começou.
De acordo com o advogado dos agentes penitenciários, Jairo Ferreira, a rebelião teve início no momento em que o café da manhã era entregue aos detentos. O trinco de uma das grades estava serrado, o que permitiu aos presos puxarem o agente para dentro e iniciarem a rebelião. Ainda segundo o advogado, apenas dez agentes estavam de plantão no presídio, que tem capacidade para abrigar 1.116 condenados e estava com 1.040 presos quando a rebelião começou.
Além das mortes, os presos também causaram danos em 80% da penitenciária, segundo o Depen. Das 24 alas da unidade, pelo menos 20 ficaram destruídas. Os detentos invadiram o telhado da penitenciária, queimaram colchões e hastearam a bandeira de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios no país.
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