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Há limites para a maternidade? E ser mãe depois dos 50?

A Maternidade (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)

"É seu neto?” A carioca Lilian Seldin, de 58 anos, está acostumada a ouvir a pergunta quando sai com Patrick, um menino de 4 anos e sorriso fácil. “Não, é meu filho”, diz Lilian. Aos 53 anos, ela usou um banco de esperma para realizar o sonho de ser mãe. Submeteu-se a uma fertilização in vitro, técnica de reprodução assistida em que o óvulo, retirado da própria mulher ou de uma doadora mais jovem, é fecundado em laboratório. O embrião é transferido para o útero da futura mãe que, nove meses depois, dá à luz seu sonho mais desejado. “Se soubesse que era tão maravilhoso, teria sido mãe antes”, diz Lilian. Ela adiou a maternidade porque seus parceiros de dois casamentos anteriores não queriam filhos. Solteira depois dos 50 anos, decidiu que não tinha tempo a perder. Hoje, com o filho nos braços, diz não se preocupar com o estranhamento alheio por ser mãe mais tarde – sem um pai para compor o retratopadrão de família: “As famílias de hoje são diferentes, mas verdadeiras”.

As técnicas de reprodução assistida devolveram a mulheres como Lilian a possibilidade de engravidar, restrita pela natureza quando elas alcançam a casa dos 40 anos. Estudos sugerem que a fertilidade feminina se reduz drasticamente entre cinco e dez anos antes da menopausa, que costuma acontecer por volta dos 50. Por isso, as chances de conceber um filho naturalmente a partir dos 40 anos são menos de 5% a cada ciclo menstrual. Se o avanço tecnológico devolveu a fertilidade perdida às mulheres que postergam a maternidade, trouxe também dilemas de saúde e de ética. Seria justo gerar uma criança que corre o risco de se tornar órfã precocemente, por causa da idade avançada dos pais? A medicina deve permitir que as mulheres se exponham aos riscos provocados por uma gravidez tardia para concretizar o sonho de ser mãe? Cabe à sociedade impor com que idade uma mulher pode ser mãe? É com essas questões delicadas que o Brasil tem de lidar no momento.O Conselho Federal de Medicina (CFM) fixou em 50 anos a idade-limite para que mulheres se submetam a tratamentos de fertilidade. “Começaram a aparecer notícias de mulheres engravidando com 60 anos em outros países, quase morrendo depois do parto”, diz o ginecologista Adelino Amaral, da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM. “Era preciso sinalizar para a sociedade que é arriscado para a mãe e para o bebê.” A resolução, publicada no ano passado, provocou reações. Há um projeto de decreto legislativo na Câmara dos Deputados para anulá-la. “Fui procurado por mulheres que estavam indignadas”, diz o autor da proposta, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP). Antes de entrar em votação no plenário, a proposta está em análise na Comissão de Seguridade Social e Família. O parecer será feito pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT/PR). “Ele se assemelhará à posição do CFM, porque vou baseá-lo em dados científicos”, diz Rosinha. Ainda não há previsão para a votação do projeto. Em maio, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou sua posição sobre a polêmica, ao publicar que o limite etário afronta o direito de escolha. Essa diretriz deverá nortear juízes em casos de mulheres que acionarem a Justiça.

O cenário é confuso também em outros países. Os Estados Unidos estão entre os mais liberais. Lá não há um limite definido, embora o Comitê de Ética da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva tenha publicado, no ano passado, um artigo defendendo que as mulheres com mais de 50 anos com problemas de saúde, como pressão alta ou diabetes, sejam desencorajadas ou até mesmo proibidas por seus médicos de se submeter à reprodução assistida. Para mulheres com mais de 55 anos, mesmo sem problemas de saúde, o comitê recomenda aos médicos que demovam suas pacientes da ideia. Na Inglaterra, onde os tratamentos de fertilidade são financiados pelo sistema público, mulheres de até 42 anos podem requerer ajuda do governo.
 
Ana Cristina Henter (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
O resultado da polêmica no Brasil é que, agora, mulheres como Lilian, cuja história abre esta reportagem, têm de percorrer não só uma longa jornada médica para alcançar a maternidade, mas também um árduo caminho burocrático. Elas precisam recorrer ao conselho de medicina de seu Estado para tentar uma autorização. Se ele seguir a determinação do conselho federal e negar o pedido, resta a elas recorrer à Justiça. Já aconteceu em São Paulo. Uma paciente conseguiu um mandado judicial que a autoriza a fazer o tratamento. “Existe o risco de haver uma judicialização desses casos”, afirma Eduardo Motta, diretor do Grupo Huntington, de medicina reprodutiva.
Sylvana (Foto:  Letícia Moreira/ÉPOCA)
Em São Paulo, Estado que congrega o maior número de clínicas de reprodução assistida no Brasil, 27 mulheres pediram autorização para o Conselho Regional, o Cremesp, entre maio de 2013 e abril deste ano. O pedido de todas foi negado, com exceção de uma. “Somos obrigados a seguir a norma do CFM”, diz Silvana Morandini, conselheira da Câmara Técnica de Reprodução Humana e Técnicas de Reprodução Assistida do Cremesp. “Queremos discutir a resolução com o CFM. Achamos que não se pode proibir. Cabe ao médico avaliar o caso e decidir se a paciente tem condições de saúde para fazer o tratamento.”
A paulistana T.F., de 57 anos, conhece os percalços de enfrentar um caminho burocrático para alcançar o sonho da maternidade, apesar de seu caso ser diferente. Ela não queria engravidar. Precisava da autorização do Cremesp para que outra mulher, mais jovem e menos sujeita aos riscos da gravidez tardia, gestasse por ela um embrião criado por técnicas de fertilização in vitro. É o que se chama de barriga solidária. O Cremesp autorizou. Como T.F. não tinha mais óvulos viáveis, recorreu aos doados por outra mulher, anonimamente. Eles foram fecundados em laboratório com espermatozoides do marido de T.F., de 61 anos, depois transferidos ao útero da mulher que se ofereceu como barriga solidária. A implantação foi um sucesso. O bebê, um menino, deverá nascer em dezembro. Biologicamente, ele não é filho de T.F. porque carrega, por parte de mãe, o material genético da mulher que doou os óvulos. O procedimento, chamado ovodoação, é comum nos casos de mulheres que engravidam mais tarde.
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Como as mulheres já nascem com um número fixo de óvulos, por volta dos 45 anos esse estoque está reduzido. Além de sujeitos a alterações genéticas e a outras mudanças causadas pelo envelhecimento, um percentual de óvulos já vem com problemas. A má qualidade a partir dos 45 torna improvável uma gravidez sem doadoras. Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, as chances de sucesso numa fertilização in vitro com óvulo próprio após os 43 anos são inferiores a 5%. Admitir o uso de óvulos doados é difícil para mulheres que nutrem o desejo pelo filho biológico. Mesmo quando consentem no procedimento, poucas o revelam publicamente. “Elas têm medo de que os filhos sejam rejeitados, porque as pessoas creem que o DNA dita quem você será”, diz T.F. Ela afirma que contará ao filho como ele foi concebido: “Ter ou não meu sangue não faz diferença. É meu filho”.

A resistência em admitir os limites do corpo é comum entre as mulheres modernas. Com as conquistas femininas das últimas décadas, elas adiaram a maternidade e ficaram sujeitas às dificuldades causadas pelo envelhecimento. Muitas investiram na carreira e, quando perceberam, o tempo havia passado. Algumas se casaram mais tarde. Outras formaram novas uniões depois de um divórcio e querem filhos da relação. “Cresceu a procura por óvulos doados, em especial nas grandes cidades”, diz Carlos Petta, do Centro de Reprodução Humana do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Na clínica, procedimentos com ovodoação são 15% dos tratamentos.

Escutar o relógio biológico pode ser ainda mais difícil nos dias atuais, quando os sinais de envelhecimento aparecem mais tarde. Tratamentos estéticos e a preocupação com boa forma – refletidos em exercícios físicos, cuidados com a alimentação e com a saúde – tornam o tique-taque biológico inaudível. Uma pesquisa de opinião feita pela Universidade da Califórnia entre mulheres que fizeram fertilização in vitro após os 40 anos mostra como está longe da realidade a percepção pública sobre fertilidade. Trinta por cento das mulheres disseram que esperavam engravidar sem dificuldades nessa idade; 28% se sentiram enganadas por celebridades mais velhas, que engravidam e não contam sobre os tratamentos de fertilidade a que se submetem; 26% acreditavam que não teriam problemas para se tornar mães porque tinham hábitos saudáveis.

A carioca Ana Cristina Henter, de 51 anos, preferiu não se deixar pressionar pelo relógio biológico. Terminou o primeiro casamento aos 35 anos. Conheceu seu atual marido, Ronaldo Pimentel, de 39, aos 44. Antes de tentar ser mãe, quis investir na relação. O momento ideal chegou há cerca de dois anos, quando ela fez um tratamento hormonal e se tornou mãe de Sophia, hoje com 1 ano. A gravidez foi tranquila. Ana Cristina não teve problemas de saúde e conseguiu fazer o parto normal com que sonhava. “Sophia é um presente”, diz.

A saúde das gestantes é a principal preocupação dos médicos nos casos de gravidez tardia – e um dos grandes argumentos a embasar a resolução do CFM. “Qualquer mulher a partir dos 40 anos sofre risco maior de desenvolver diabetes e hipertensão na gravidez ou de ter parto prematuro”, diz o médico Jonathas Soares, diretor da clínica Projeto Alfa, em São Paulo. “Essas condições acabam colocando em risco tanto a mulher quanto o bebê.” Um estudo feito nos EUA com mães entre 50 e 63 anos mostrou que 35% tiveram pressão alta, e 20% diabetes. A médica paulistana Sylvana Zancheta, de 49 anos, passou por esse problema. Foram seis anos de tratamento e 14 transferências de embriões, até a chegada de Luisa, há um ano e meio. Ela nasceu com 34 semanas, seis antes do tempo ideal de gestação, porque Sylvana teve pressão alta, condição que pode levar a hemorragias ou até à morte. “Sabia que poderia haver complicações, mas faria tudo de novo”, diz Sylvana. “Sou muito mais feliz com ela.”

Além dos problemas de saúde da mãe, as crianças estão mais sujeitas a sofrer de síndromes causadas por alterações cromossômicas nos óvulos. A mais frequente é a síndrome de Down, que causa deficiência mental e problemas cardíacos. Para cada 1.000 mulheres de 30 anos que têm um filho, uma terá uma criança com Down. Aos 40 anos, a incidência sobe para uma em cada 100 nascimentos. Esse tipo de alteração é a que menos preocupa os médicos, porque é grande o número de mulheres a partir dessa idade que recorre a óvulos de doadoras com menos de 35 anos, idade-limite estabelecida pelo CFM para doar.
 
Mães recordistas  (Foto: AFP, Getty Images (4) e REX)
A maternidade tardia suscita problemas de outra natureza, não apenas médicos. Há o temor de que os filhos das mães tardias fiquem órfãos cedo demais ou de que tenham de lidar com a saúde debilitada dos pais numa idade em que não deveriam ter esse tipo de preocupação. “Ninguém garante que uma mulher saudável aos 50 anos estará bem aos 60”, diz Bruno Ramalho de Carvalho, especialista em reprodução assistida de Brasília. “Essas crianças têm grande chance de se tornar órfãs na adolescência.” Se a expectativa de vida no Brasil for tomada ao pé da letra, o filho concebido por uma mulher aos 50 anos ficaria órfão somente aos 28 – idade suficiente, argumentam as mães, para que sejam independentes.
A disposição física e o preparo emocional das mães cinquentenárias também costumam ser colocados em xeque. Num estudo feito na Universidade do Sudeste da Califórnia com 59 mulheres entre 30 e 50 anos, os pesquisadores pediram que elas respondessem a um questionário sobre o vigor físico e o nível de estresse. O resultado sugere que as mulheres com mais de 40 anos tinham menos tendência de sofrer com um nível elevado de estresse. E suas habilidades físicas não pareceram afetadas. A pesquisa revelou que as mães de 50 anos eram as que tinham maior escolaridade e situação financeira mais estável.

Os achados do estudo são similares à realidade que as mães tardias experimentam. “Hoje, tenho mais maturidade, experiência e paciência para cuidar da minha filha”, diz a mineira Roseli Camilo Froes, de 49 anos. Com problemas de fertilidade, ela e o marido adotaram irmãs gêmeas quando Roseli tinha 22 anos. Aos 45 anos, com as meninas crescidas, ela sentiu que era o momento de ser mãe novamente. Recorreu a óvulos de uma doadora, fertilizados com o espermatozoide do marido em laboratório, para ter Kiara, hoje com 4 anos. “Tenho mais tempo para dedicar a Kiara do que quando fui mãe aos 20 anos e trabalhava muito para me estabilizar financeiramente.” Agora, Roseli está em tratamento para ser mãe novamente. Para mulheres como ela, não se podem impor limites ao amor materno.

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ELAS

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