A Ford anunciou que vai estender o período da suspensão dos contratos de trabalhadores (layoff) na unidade em Taubaté (SP). O período de layoff para 168 empregados da fábrica chegaria ao fim em janeiro e foi prorrogado até o fim de março.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a decisão foi tomada após uma série de reuniões entre a empresa e a entidade na última semana. O anúncio foi feito pelo aos funcionários nesta quinta-feira (17).
Entre agosto e setembro, mais de 200 trabalhadores da unidade tiveram os contratos suspensos. Segundo a montadora, a medida tinha como objetivo adequar o ritmo de produção à desaceleração do mercado. Ao todo, a fábrica emprega 1,8 mil empregados.
De acordo com o sindicato, o número de atingidos diminuiu durante o preíodo devido a acordos feitos pela empresa, pedido de demissões e adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). Os funcionários afetados pelo layoff fazem parte dos complexos de motor, transmissão e fundição dos três turnos.Além da negociação do layoff, a entidade acordou com a montadora o pagamento da segunda parcela do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e também do 13º salário. Pela legislação, a Ford não é obrigada a pagar os benefícios ao trabalhador que estiver com o contrato suspenso. Também ficou decidida a revisão no cálculo dos vencimentos para aqueles que aderirem ao PDV.
Layoff
Durante o layoff, os empregados recebem salários por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com complemento do rendimento pago pela multinacional. O pagamento é condicionado à realização de cursos de qualificação profissional.
A Ford produz transmissões e motores Sigma 1.5, modelo que vai ser usado no novo Ka sedan e utilizado no New Fiesta. A unidade é a única no país que produz esse modelo de motor.
A empresa foi procurada para comentar o assunto, mas não retornou ao G1 até a publicação da reportagem.
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