Uma brasileira pode estar entre os reféns do café que foi sequestrado por um homem armado há mais 14 horas em Sydney. Marcia Mikhael é personal trainer, natural de Goiânia e mora na cidade australiana há 20 anos. Ela trabalha no mesmo prédio onde se localiza a cafetereria e estaria no local no momento em que o sequestro foi anunciado.
A informação é de familiares de Marcia. Eles acreditam que ela esteja entre os reféns porque uma mensagem foi escrita no perfil do Facebook da brasileira. O texto teria sido escrito pelo sequestrador e foi apagado minutos depois.
"Dava para ver claramente que a mensagem não era dela. A linguagem e o tom que estava sendo usado não era dela. Era uma mensagem orquestrada", disse o irmão de Marcia, Jorge El-khouri.
Na mensagem havia duas reivindicações do sequestrador: ele pedia para falar por telefone com o primeiro-ministro australiano, e pedia também uma bandeira do Estado islâmico. Além disso, o texto informava que havia duas bombas em pontos diferentes de Sydney.
A brasileira tem três filhos. Segundo familiares, eles estão em uma área próxima ao café, aguardando informações da polícia australiana.
O Itamaraty ainda não confirma a informação. Segundo a assessoria de imprensa, o consulado brasileiro acompanha o caso em Sydney e está buscando mais informações junto à polícia australiana, que ainda não confirma se Marcia realmente é uma das reféns.
Durante a madrugada cinco reféns conseguiram deixar a cafeteria. Três homens e duas mulheres saíram correndo de dentro do estabelecimento. A polícia australiana não informa se eles foram libertados ou se fugiram. Também não há informações sobre o número exato de pessoas que estão dentro do café.
Terrorismo
Do lado de fora da cafeteria é possível observar uma bandeira islamita, com a frase em árabe "Não há outro Deus que Alá, Maomé é o mensageiro de Alá". De acordo com o chefe da polícia, no entanto, ainda não é possível confirmar que o sequestro esteja vinculado ao terrorismo.
"Ainda não sabemos os motivos da pessoa, também não sabemos se existem motivos políticos, mas parece claro que alguns indícios nos dizem que sim, existem", disse o primeiro-ministro Tony Abbott.
O café sequestrado fica no centro financeiro de Sydney, um dos pontos mais movimentados e também de maior importância da cidade australiana. O estabelecimento fica muito próximo à sede do governo e também ao consulado americano.
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