O ex-diretor de Abastecimento da PetrobrasPaulo Roberto Costa, um dos principais delatores do esquema conhecido como petrolão, continuou recebendo propina de fornecedoras da estatal mesmo depois de ser demitido, em 2012. Em um dos depoimentos que integra sua delação premiada, ele afirmou que os pagamentos chegavam a R$ 550 mil mensais e eram referentes a subornos atrasados.
De acordo com o ex-diretor, os repasses foram feitos até fevereiro de 2014, um mês antes de ele ser preso pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e dois anos depois de ele deixar a Petrobras. Conforme reportagem do G1, Paulo Roberto Costa afirmou à PF que quatro empreiteiras investigadas na Lava Jato repassaram a propina.
Parte da propina, segundo ele, foi usada para comprar uma casa em Angra dos Reis (RJ) e uma lancha, ambas num valor total de R$ 4,1 milhões. Os pagamentos foram feitos para ele por meio da Costa Global, empresa de consultoria que Costa abriu ao deixar a estatal. Mas a empresa era só usada para esquentar valores de vantagens indevidas que ele ainda tinha para receber. De acordo com Costa, uma de suas filhas era quem elaborava os contratos fictícios e também quem emitia as notas frias.
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