GM teve prejuízo de US$ 214 milhões na América do Sul, empresa pretende cortar turnos em plantas no Brasil
A General Motors (GM) tem motivos para comemorar seu desempenho financeiro global no primeiro trimestre de 2015, com US$ 2,1 bilhões de lucro, ante US$ 500 milhões do 1º trimestre de 2014. Mas se for analisar o mercado da América do Sul e da Rússia, é melhor não celebrar muito. Os números registrados pela marca foram ajudados com a venda de 2,4 milhões de veículos em todo o mundo durante o período, um salto 2% em relação ao mesmo período de 2014, crescendo, porém, menos que o esperado.
Segundo Chuck Stevens, vice-presidente financeiro da fabricante, a GM teve prejuízo de US$ 214 milhões na América do Sul no primeiro trimestre e deverá cortar empregos e reduzir turnos de produção em fábricas no Brasil, o que ajudá a economizar US$ 200 milhões.”É evidente que o ambiente na América do Sul, principalmente no Brasil, deteriorou-se em relação ao que imaginávamos”, declarou Stevens em coletiva.
A América do Norte mostrou lucro ajustado de US$ 2,2 bilhões, o melhor número desde 2009, e as vendas subiram 6%. Em parte, isso foi ajudado por um aumento de 31% em picapes e 19% em crossovers da Chevrolet nos EUA.
Os fracos resultados da América do Sul e da Rússia levaram a uma queda de 4,5% da receita, atingindo US$ 35,7 bilhões, abaixo do valor estimado por analistas, que era de US$ 37,6 bilhões. Também devemos lembrar que o mega-recall do defeito no interruptor de ignição de carros da marca resultou em um aumento de US$ 100 milhões em custos estimados.
Na Europa a GM perdeu US$ 200 milhões, mas as vendas na China foram especialmente boas, com um aumento de 9%, incluindo uma subida de 23% apenas para a Cadillac por lá. Baseada nesses resultados, a GM espera que seu lucro geral continue crescendo até o final de 2015, em comparação ao ano passado.
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