Um incêndio de enormes proporções atingiu um terminal de cargas da empresa Localfrio, no final da tarde desta quinta-feira (14), no Porto de Guarujá, litoral de São Paulo. De acordo com a companhia, a provável causa do incidente foi a combustão de ácido de cloro isocianúrico de sódio, que teria sido provocada pela entrada de água da chuva em contêineres que continham o produto.
A Secretaria de Saúde da cidade afirma que ao menos 39 pessoas deram entrada em unidades de atendimento de emergência da região devido à inalação da fumaça, altamente tóxica. No início da noite, o atendimento passou a ser centralizado na UPA Boa Esperança, localizada em Vicente de Carvalho, bairro suburbano onde fica o porto da cidade.O número de afetados pela fumaça cresceu em relação ao do início das chamas, pouco depois das 15h30. A Localfrio chegou a confirmar ao iG o atendimento de apenas uma pessoa, funcionária da empresa, enviada a um pronto-socorro por questões de segurança. O Corpo de Bombeiros, por sua vez, confirmava no início do registro a intoxicação de quatro, todos trabalhadores da companhia, que foram resgatados por colegas e também encaminhados para atendimento médico.
De acordo com o funcionário de uma padaria que fica próxima ao terminal de cargas, boa parte do comércio da região foi obrigada a fechar as portas devido ao forte odor nos arredores. "Não dá para enxergar nada nas ruas e a Avenida Santo Amaro [que dá acesso ao porto] foi fechada para os lados do Guarujá", relatou. "O cheiro está muito forte e os olhos ardem um pouco também. Está todo mundo de máscara por aqui."A Localfrio alega que a área foi imediatamente isolada e que todos os procedimentos de segurança foram adotados, inclusive com a retirada dos contêineres que estavam próximos ao foco do incêndio. A empresa, no entanto, afirma que não há previsão para que as chamas sejam controladas.
Foram mobilizadas 19 viaturas do Corpo de Bombeiros de Guarujá e Cubatão para controlar as chamas. No total, 65 homens trabalhavam na ação no início da noite, em equipe formada por brigadistas com o apoio de policiais rodoviários.
Comentários