O telefone de Wendell Lira não parou de tocar em 6 de novembro. Naquele dia, o jogador que buscava um clube e não sabia se conseguiria continuar jogando futebol começou a viver seu sonho. Ele estava na final do Prêmio Puskás, entregue pela Fifa ao autor do gol mais bonito do mundo. Tudo mudou a partir dali e nesta segunda-feira, em Zurique, chegou ao ápice. Ele superou Messi e seu gol foi o vencedor do prêmio. Aos 26 anos, ele havia sido dispensado pelo Goianésia, clube pelo qual marcou o gol de que todos estão falando, contra o Atlético-GO, pelo Campeonato Goiano.
Chegou a jogar no Tombense, na Série C, mas não ficou. Considerava que o futebol poderia ser deixado de lado para cuidar da mulher e da filha. Nenhum clube o queria. Ele chegou a abandonar a carreira para trabalhar na lanchonete da mãe em Goiânia.
A indicação ao Puskás veio no pior momento da sua carreira que começou nas categorias de base do Goiás. Ele ainda passou pela seleção sub 17 do Brasil. Nessa época fez amizade com Alexandre Pato, que nunca deixou os holofotes.
Mas do pior momento ao ápice foram pouco mais de dois meses. Nesse intervalo viu o torcedor brasileiro conhecê-lo e ajudá-lo a conquistar o prêmio apontado por votação popular na internet. A fama o ajudou conseguir um contrato com o Vila Nova, recém promovido para a Série B do Brasileirão.
Wendell Lira bate figurões e leva prêmio de gol mais bonito do ano
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