O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC reuniu na tarde de terça-feira, 6, na sede da entidade, cerca de 500 trabalhadores na Mercedes-Benz demitidos nos últimos dias por telegrama. Em assembleia foi decidido o início de uma mobilização contra as demissões. Segundo o sindicado, os trabalhadores começaram a receber os informes a partir do dia 2, data em que estava previsto o encerramento do Programa de Demissão Voluntária (PDV), prorrogado até o meio-dia de 7 de setembro.
“Tentamos ponderar com a Mercedes que o número atingido pelo PDV, de 1.028 adesões, é próximo à meta de 1,4 mil prevista no acordo que fizemos com a fábrica. A intenção é sensibilizar a direção para não efetivar as demissões e utilizar os mecanismos de flexibilização para gerenciar o que faltou”, afirma o diretor administrativo do sindicato, Moisés Selerges.
“O acordo que fechamos com a empresa já previa a utilização do layoff para o restante do excedente. Para quem já vai usar o instrumento, sabemos que é possível incluir mais trabalhadores por um período”, afirma o vice-presidente da entidade, Aroaldo Oliveira da Silva.
Ele recorda que desde o início das negociações, em julho, mais de 1,6 mil trabalhadores saíram da empresa voluntariamente: “O primeiro PDV teve 638 adesões. Agora foram mais 1.028. Do excedente apontado pela fábrica, grande parte já foi resolvida. Vamos insistir para que ela agora leve em conta o impacto social das demissões e opte por resolver o restante por layoff ou qualquer outra ferramenta que preserve os empregos”, diz Silva.
Procurada, a Mercedes-Benz confirmou apenas a prorrogação do PDV até o dia 7.
fonte:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/24585/sindicato-acusa-mercedes-de-demitir-500
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