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Incitação à violência: Líder do MTST, Guilherme Boulos, é detido em reintegração de posse em SP

Guilherme Boulos foi preso durante reintegração de posse  (Foto: Jorge Ferreira/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo)

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi detido na manhã desta terça-feira (17) durante reintegração de posse de terreno ocupado em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo. Outro integrante do MTST também foi levado à delegacia.
Moradores tentam resistir ao avanço da Tropa de Choque da PM em ocupação na Zona Leste (Foto: PETER LEONE/Futura Press/Estadão Conteúdo )
Boulos foi detido por desobediência judicial e incitação à violência. Ele foi levado ao 49º Distrito Policial e falou à imprensa que a detenção era "injustiça". Em sua página no Facebook, integrantes do movimento falaram sobre a "prisão absurda de Boulos".
"O companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST, que estava acompanhando a reintegração de posse da ocupação Colonial, visando garantir um desfecho favorável para as mais de 3000 pessoas da ocupação, acaba de ser preso pela PM de São Paulo sob a acusação de desobediência civil", diz o texto.
Boulos sendo detido pela PM durante reintegração de posse  (Foto: Amós Alexandre/Globonews)"Um verdadeiro absurdo, uma vez que Guilherme Boulos esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito. Neste momento, o companheiro Guilherme está detido no 49ª DP de São Mateus. Não aceitaremos calados que além de massacrarem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los", diz o texto.
Ao ser detido, Boulos disse que desde que participou de um protesto em frente à casa do presidente Michel Temer, em São Paulo, em 2016, a polícia estava de olho nele.
Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos (c) acompanha ação de reintegração de posse de terreno localizado na Avenida André de Almeida, em São Mateus, Zona Leste de São Paulo (Foto: Peter Leone/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Ao final do seu depoimento, por volta das 12h, Boulos falou com a imprensa e disse que o delegado ainda vai ouvir policiais militares e só depois disso informará o procedimento a ser tomado. "Tenho que aguardar aqui [na delegacia] até a definição", disse.
"É uma prisão política. Despejam 700 famílias com violência e falam que eu agi com violência. É uma prisão descabida, nenhum flagrante, atribuiram coisas a mim que não aconteceram", disse.
"O MTST estava lá para garantir o direito das pessoas despejadas", completou.
A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou em sua página do Facebook que a "prisão é inaceitável".
"Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação. Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso. Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo", disse.
Por volta das 7h, os moradores acompanhados por Boulos pediram para os oficiais de Justiça aguardarem a análise do pedido do Ministério Público de suspensão da ação de reintegração de posse para tentarem reverter a decisão, mas não conseguiram e, às 8h20, a Polícia Militar avançou. Bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta foram utilizados na ação.
Os moradores da comunidade colonial disseram que foram notificados há uma semana por um oficial de Justiça e tentaram resistir com barricada na Rua André de Almeida. O terreno é de propriedade particular e cerca de 6 mil pessoas vivem há um ano e meio no local.
"Eu não sei o que vai acontecer com a minha família", disse moradora.
Em sua página no Facebook, Boulos disse que a PM "pode promover uma tragédia como a da [desocupação] do Pinheirinho de São José dos Campos em 2012 a mando da justiça elitista e covarde de São Paulo".
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que "a PM atendeu ao pedido para apoiar os oficiais de Justiça no cumprimento da reintegração de posse em dois terrenos em São Mateus, Zona Leste da capital".
"Após tentativa de negociação dos oficiais com as famílias, sem acordo, os moradores resistiram hostilizando os PMs, arremessando pedras, tijolos, rojões e montando três barricadas com fogo. Um policial militar ficou ferido de leve por uma bomba caseira e duas viaturas do Choque foram danificadas. A PM agiu para garantir o cumprimento da ordem judicial", diz a nota.
A Polícia Civil informa que dois integrantes do MTST, Guilherme Boulos e José Ferreira Lima, foram detidos e encaminhados ao 49º DP (São Mateus). Segundo a PM, a dupla foi detida acusada de participar de ataques com rojão contra a PM, incitação à violência e desobediência", diz a nota.

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