Terminou sem acordo a primeira rodada de negociações no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) entre a direção da GM e o Sindicato dos Metalúrgicos sobre a suspensão dos contratos de trabalho da fábrica de São José dos Campos.
A audiência aconteceu na tarde desta quarta-feira (26) na sede do tribunal, em Campinas.
A GM alega que tem um excedente de 1.600 trabalhadores em São José e que a suspensão dos contratos, conhecida como layoff, seria uma forma de adequar a produção à demanda do mercado.
A intenção da montadora é adotar um layoff por cinco meses, com possibilidade de prorrogação por mais cinco, “com tempo para atravessar a turbulência econômica” do país, segundo comunicado distribuído aos trabalhadores.
O Sindicato dos Metalúrgicos cobra da montadora a garantia de estabilidade do emprego dos funcionários.
“A empresa apresentou sua proposta de layoff e nós apresentamos nossas reivindicações de estabilidade no emprego, renovação das cláusulas sociais, licença-remunerada, abertura de PDV, resolução das pendências de depósito de INSS das pessoas que participaram do layoff , efetivação dos temporários e a antecipação do 13°”, disse o presidente do sindicato, Antonio Ferreira de Barros, o Macapá.
“As negociações vão continuar no dia 2 de maio aqui mesmo no TRT. Vamos nos manter unidos e mobilizados”, completou.
A GM foi procurada pelo Meon, mas não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
Paradas
Em meio ao impasse nas negociações envolvendo o layoff, a GM programou quatro dias de parada da produção.
A medida será adotada nesta quinta-feira (27), na sexta (28), no sábado (29) e na terça-feira (2).
Nesta quinta e na sexta-feira, a paralisação afetará todos os trabalhadores do 1º e do 2º turnos, inclusive áreas administrativas.
Os trabalhadores do 3º turno não trabalharão nesta sexta e no sábado.
Em meio ao impasse sobre o layoff, montadora suspenderá produção por quatro dias
Arquivo/Meon
Na terça-feira, a medida valerá para todos os trabalhadores das linhas S10/Trailblazer, CCM, estamparia e injetores.
“Conforme comunicações já realizadas pela empresa, houve queda nos volumes de produção no complexo de São José dos Campos. Como a GM não conseguiu finalizar o acordo de layoff, está adotando day off na tentativa de equilibrar os volumes por alguns dias”, informou a empresa em comunicado aos trabalhadores na última semana.
A parada desta sexta coincide com a greve geral convocada pelas principais centrais sindicais do país, incluindo a Conlutas, que controla o Sindicato dos Metalúrgicos de São José.
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