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O presidente acuado




O presidente Michel Temer estava mais nervoso que o habitual quando se aproximou do púlpito que fica no 2o andar do Palácio do Planalto. Na rotina do poder em Brasília, é sinal de crise quando o presidente da República é obrigado a fazer um pronunciamento às pressas. Temer dispensou mesuras que preza. “Olha, ao cumprimentá-los, eu quero fazer uma declaração à imprensa brasileira e uma declaração ao país”, disse. Falava rápido, muito direto para seu estilo oblíquo e em tom forte. Definitivamente, a tarde da quinta-feira, dia 18, não transcorria em circunstâncias normais. “Não renunciarei. Repito, não renunciarei! Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos”, disse Temer. Quando um presidente é obrigado a gritar o verbo “renunciar”, está no limiar mínimo do poder – e o país atingiu o nível máximo na escala das crises. Desde a semana passada, Michel Temer é o primeiro presidente da história do Brasil investigado por corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa no exercício do cargo. Está próximo à saída do poder.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal autorizou que assim seja, diante das provas obtidas no acordo de delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS, um bilionário cujos vínculos com o poder o levaram a obter bilhões do BNDES e virar destaque internacional no ramo da “proteína animal”. Em uma das mais delicadas incursões da Operação Lava Jato, durante quase dois meses Joes­ley atuou como uma espécie de agente duplo, em uma ação controlada tocada pela Polícia Federal, com a supervisão da Procuradoria-Geral da República e o consentimento do Supremo. Um procedimento normalmente aplicado em investigações sobre tráfico de drogas foi eficiente para obter mais provas da ousadia da organização criminosa que se instalou no poder em Brasília.
O empresário Joesley Batista (Foto:  Claudio Belli / Valor / Agência O Globo)
O empresário Joesley Batista (Foto: Claudio Belli / Valor / Agência O Globo)
Até agora, a Lava Jato tinha muitas menções a Temer em episódios suspeitos e até sua atuação direta, como na reunião para acertar a propina de R$ 40 milhões ao PMDB por um contrato na Petrobras. Não abriu investigação porque eram atos dele como vice-presidente, e como presidente da República Temer só pode ser processado pelo que fez no exercício do cargo. Mas agora há provas, fornecidas por Joesley, da atuação irregular de Temer: são seus depoimentos, uma gravação e documentos. Na mais barulhenta delas, Joesley gravou uma conversa entre ambos, que ficou muito distante de qualquer padrão republicano aceitável para quem chefia o Poder Executivo, mantida no Palácio do Jaburu na noite de 7de março deste ano. Diante de Temer, Joesley revelou alguns crimes e contou com sua anuência:
• pagava pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e seu operador Lúcio Funaro, ambos presos e incômodos a ele e a Temer;
• comprara o silêncio de um procurador da República para atuar a seu favor e sabotar as investigações da força-tarefa da Operação Greenfield, que examina negócios da JBS;
• comprara um juiz responsável por sentenças de um dos casos nos quais está enrolado e estava em vias de comprar seu substituto também;
• pediu a Temer que nomeasse um interlocutor capaz de resolver alguns problemas de suas empresas com o poder. O escolhido foi o deputado Rodrigo Rocha Loures. 
fonte: Época

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