Ministro Luis Roberto Barroso negou pedido feito pelo advogado Samuel José Orro Silva para arquivar o inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução à Justiça
O ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o habeas corpus impetrado pelo advogado Samuel José Orro Silva, de Taubaté, que pedia o arquivamento do inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer (PMDB) pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução à Justiça.
A decisão foi tomada por volta de 20h30 dessa sexta-feira.
Temer passou a ser investigado após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base em acordo de delação premiada de empresários do grupo JBS, no âmbito da Operação Lava Jato.
ADVOGADO/ O habeas corpus havia sido protocolado após Temer receber hoje cedo conselhos do advogado e amigo Antonio Mariz, que será seu defensor no processo.
No pedido, o advogado Samuel Orro afirmou que Temer é um ‘idoso de 76 anos de idade, não acostumado à rotina empresarial’, e que foi gravado em um diálogo com um empresário conhecido como ‘muito esperto’ pelo mercado. Samuel também questionou ‘qual partido não receberia doadores’ e afirmou que a JBS é uma das maiores doadoras para campanhas políticas do Brasil.
Questionado pela reportagem, ainda antes da decisão do STF, Samuel afirmou que não possui nenhum tipo de ligação com o presidente da República. “Ele nem deve saber que eu entrei com o processo”, disse. “Só achei que a situação que ele está enfrentando é de muita injustiça e eu não poderia ficar alheio quanto a isso”, afirmou o advogado.
fonte: gazetadetaubate
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