Estava na cara. Era uma questão de tempo a demissão de Rogério Ceni no São Paulo. Um clube dessa grandeza jamais poderia dar uma responsabilidade dessas para quem nunca havia sido treinador na vida. O grande erro foi esse. Na verdade, um dos maiores mitos do Tricolor pagou um grande mico. Infelizmente, deu o passo maior do que a perna. Ceni nem de longe estava preparado para tal função.
Primeiro, assumiu o cargo por um acordo político e não por competência. Fez um pacto com o atual presidente, Leco, reeleito com apoio do ex-goleiro, um símbolo são-paulino. Uma jogada para inglês ver, estratégia de campanha. Belo marketing para encantar serpentes, ou melhor, conselheiros e torcedores. Segundo, Ceni deu um pé nos fundilhos de ex-companheiros competentes que poderiam tê-lo ajudado bastante para apostar em duas figuras desconhecidas, um francês e um inglês.
Terceiro, apelou para treinos secretos. Escondeu o jogo de uma tal forma que ele nunca apareceu. Dizem ter o tal inglês (demitiu-se na véspera) escrito livros de amplo espectro futebolístico. Ora, na prática o que mostrou o São Paulo? Absolutamente nada. A bola nacional é bem diferente do que ocorre na Inglaterra. Para começar o perfil dos atletas é outro. Lá os caras vivem numa super potência econômica, povo tem direitos respeitados, a cultura ajuda a compreensão da complexidade das profissões, inclusive dos próprios jogadores. O nível intelectual é melhor. A bola, nem tanto.
Diretoria são-paulina agiu corretamente. Afinal, errar é humano. Persistir no erro é burrice.
E assim caminha a mediocridade…
fonte: Gazeta Espotiva
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