Senado federal aprova projeto de lei que reconhece oficialmente profissão de vaqueiro
O plenário do Senado aprovou neta terça-feira (24/9) projeto de lei que reconhece oficialmente a profissão de vaqueiro. A sessão foi acompanhada por vários vaqueiros, vestidos com chapéu e gibão, que estiveram no Senado durante todo o dia pedindo a votação e aprovação da matéria.
O texto define o vaqueiro como profissional responsável pelo trato, manejo e condução de animais como bois, búfalos,cavalos, mulas, cabras e ovelhas. Além disso, estão entre as atribuições do vaqueiro: alimentar os animais, fazer a ordenha, treinar e preparar animais para eventos culturais e socioesportivos com a garantia de que não sejam submetidos a atos de violência; e, sob a orientação de veterinários e técnicos qualificados, auxiliar com os cuidados necessários à reprodução das espécies.
Com a aprovação do projeto, os vaqueiros também terãodireitos previstos em todas as profissões, mas que atualmente não são respeitados pela maioria dos patrões, como horas extras, adicional de insalubridade ou de periculosidade e adicional noturno.
Foram aprovadas duas emendas ao projeto quando ele estava na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. No entanto, elas foram retiradas do texto no plenário para que o projeto não precisasse retornar à Câmara. Com isso, a matéria segue agora para sanção presidencial.
Foram aprovadas duas emendas ao projeto quando ele estava na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária. No entanto, elas foram retiradas do texto no plenário para que o projeto não precisasse retornar à Câmara. Com isso, a matéria segue agora para sanção presidencial.
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O REI DO LEITE
O projeto da fazenda de leite da Xapetuba Agropecuária tem apenas quatro anos, mas já se mostra compensador com uma produção de 7 mil litros/dia e uma reprodução e criação de Girolando que se tornaram referências
Nelson Rentero
Por trás das ações estão José Antonio da Silveira e seu filho Thiago, que eram apenas conhecidos nos últimos 15 anos como criadores de aves, com 50 mil frangos instalados; de suínos, com cria e recria de cerca de 80 mil leitões/ano, a partir de 3 mil matrizes, e de gado Simental, com seleção para corte. Foi a disponibilidade de área numa propriedade de 426 ha e o espírito empreendedor da família que fizeram com que agregassem mais uma atividade pecuária à fazenda.
O tratamento empresarial dispensado aos negócios exigiu deles uma dedicada prospecção nas possíveis oportunidades, no que contou com a assessoria de consultores especializados. “Nas comparações, o leite se destacou por sua capacidade de gerar renda por hectare”, cita Thiago. A partir daí, ele e o pai saíram a campo. Visitaram fazendas, conversaram com técnicos e avaliaram projetos bem e mal sucedidos. “Procuramos conversar com pessoas bem informadas, que pudessem retratar a realidade da atividade”, diz.
Na prática, a etapa inicial do projeto leite da Xapetuba foi facilitada por disporem de larga experiência com fertilização in vitro e transferência de embriões, técnicas aplicadas à raça Simental que criam há vários anos e que reserva hoje cerca de 3 mil receptoras na propriedade. Com isso, os Silveira preferem direcionar o manejo reprodutivo a partir da chamada transferência de embriões em tempo fixo, o que garante um índice médio de parição de vacas e novilhas de 90% de fêmeas.
Reconhece que optar por transferir embrião em vez da inseminação é um modelo ainda pouco comum para fazer melhorar e crescer um rebanho, mas acredita que em pouco tempo terá mais adesão. É dessa forma que vem acelerando a expansão do projeto. Em pouco mais de um ano, eles já estão com 300 vacas em lactação, com média de 23 kg/dia, o que representa quase 7 mil litros de leite. “A meta é chegar em 800 vacas e 20 mil litros, o que deve ocorrer em 2020, mas já no ano que vem alcançaremos metade disso”, garante Thiago.
Na reprodução, 10% das melhores matrizes - Hoje, o plantel completo é composto, além do lote de vacas em lactação, de 200 novilhas prenhas, 470 bezerras, 30 vacas secas e 200 fêmeas Gir Leiteiro. A expansão do rebanho vem se dando quase que exclusivamente através de reprodução própria, a partir de 10% das melhores matrizes que possui, boa parte do lote inicial adquirido no início do projeto. Com isso, predomina um rebanho de vacas jovens em produção, com alta genética e poucas lactações encerradas. Destas, a média atual gira em torno de 7 mil kg.
A meta dos Silveira é trabalhar com 8 mil kg de lactação, com período em torno dos 340 dias e médias de 25 kg/vaca/dia. “Manter uma persistência elevada é só uma questão de ajustes, pois de potencial genético o rebanho dispõe”, informa Thiago. Concordando com ele está o médico veterinário Cassimiro César de Castro, da Applic-Assessoria em Projetos de Pecuária de Leite e Corte, que acompanha a evolução da fazenda desde as ideias iniciais. “Na Xapetuba trabalhamos com treinamento de novilhas, ou seja, com o amansamento delas”, justifica.
Citando o professor Paulo Machado, da Clínica do Leite-Esalq, menciona que a vaca não tem razão para nos produzir leite. “Nós é que temos de dar razões a ela para isso, o que se faz com aptidão genética de pai e mãe, boa saúde, comida farta e adequada, e segurança física e psicológica a partir de uma estrutura que garanta bem-estar. Tudo isso junto significa razões suficientes para que a vaca produza muito leite”, descreve. Cassiano observa que a secagem respeita duração média de 343 dias, e quando isso ocorre mais da metade das vacas ainda produz mais de 20 kg de leite/dia.
“Garanto que se este rebanho estivesse em outra fazenda e com outra equipe, os resultados não seriam os mesmos”, ele observa. Sua fala tem a autoridade de quem ajudou a definir o layout do projeto, conjugando potencial genético e estrutura produtiva. Quem visita as instalações da fazenda nota um padrão na concepção de construções arejadas, funcionais, todas com pé direito alto, naturalmente iluminadas e próximas umas das outras. Seguindo a orientação de José Antonio da Silveira, que é engenheiro civil de formação, todas reservam espaço para a pretendida expansão.
“A estrutura está projetada para 800 vacas em lactação, da sala de ordenha às áreas de alimentação”, diz o produtor. A referência de produtividade leiteira por área é 14 mil litros/ha/ano. Sobre as médias por vaca, Cassimiro acredita que devam subir à medida que o rebanho for se acostumando com as condições de conforto e ficando mais adulto. Por enquanto, tem adotado uma terceira ordenha que, segundo seus cálculos, garante um adicional compensador.
Os galpões são interligados por corredores cimentados e ranhurados para dar segurança e proteger os cascos dos animais. Em torno, se espalham as áreas de produção de alimentos para o rebanho leiteiro e também para as vacas receptoras. São 120 ha para produção de milho para silagem e 45 ha para cana-de-açúcar. Respectivamente, respondem por uma produtividade de 50 e 80 t por ha. Para os piquetes, onde o tifton vem ganhando espaço do mombaça, são reservados 40 ha, o que significa uma reserva mínima de 240 m2 por vaca.
Boa fertilidade e leite de alta qualidade - Ao falar do manejo do rebanho, Thiago diz que os cuidados começam com o fornecimento de colostro de qualidade, fazendo questão de ter um banco desse alimento para garantir o fornecimento nas primeiras horas de vida dos bezerros. O fornecimento de leite segue etapas: até os 30 dias, 4 litros diários; de 30 a 60, 6 litros; de 60 a 40 dias, volta aos 4 litros fornecidos no período da manhã para estimular o consumo de ração e preparar o animal para o desmame. “O objetivo é fazer o animal sair do bezerreiro com 110 kg”. Tem uma estrutura de 700 m2 para isso.
Desmamados, os bezerros seguem para o espaço de recria formado por piquetes de tifton, onde se alimentam de ração, silagem de milho e feno. A partir dos seis meses é a vez de ocuparem pasto e se alimentarem dele, sempre com suplementação. A variação da dieta depende da estação do ano, mas com 15 meses, todas estarão pesando em torno de 330 kg, entrando para a etapa de cobertura. Depois da parição, que atualmente ocorre, em média, aos 26 meses, as vacas serão separadas em lotes, recebendo uma dieta de composição semelhante, mas variando em volume de acordo com a produção.
O cardápio é composto de silagem de milho, farelo de soja, caroço de algodão, polpa cítrica, sorgo ou milho e pastagem de mombaça ou tifton, opção adotada durante o verão, pois na seca é substituída por cana-de-açúcar+ ureia, e o sistema se transforma em semiconfinamento. Thiago Silveira estima que tenha um custo operacional de R$ 0,90 para produzir um litro de leite e que metade disto seja com alimentação das vacas em produção. Considera o atual custo alto, mas o atribui ao fato de dispor apenas de 27% do rebanho em lactação, por estar ainda em formação.
Com isso, a qualidade do leite vem sendo atestada por análises mensais, que apontam contagem de células somáticas em torno de 252 mil/ml e contagem bacteriana com 15 mil ufc/ml. Na composição do leite, obtém 3,61% de gordura e 3,20% de proteína. Tais predicados conferem acertos na criação do rebanho, segundo o veterinário, que projeta animais longevos não só para chegar às metas traçadas, como também para comercializar, o que, segundo os planos da Xapetuba, devem representar 30% da receita do projeto, incluindo também a venda de embriões.
Se não fosse essa reserva para o mercado, Cassiano não tem dúvidas de que a formação do rebanho com 800 vacas se daria mais cedo que o previsto. “O fator compensador está na formação de vacas longevas, com produção média de 45 mil kg, cumprindo cinco a seis lactações”, cita, observando que este é um dos principais indicadores dos acertos do trabalho que vem fazendo com os Silveira. Ficando ou não no rebanho, admite que essas vacas terão esse potencial como marca, o que significará ganhos na produção e na reposição.
O reconhecimento vem também de fora. Com apenas pouco mais de três anos de projeto, o rebanho está na terceira colocação no ranking 2011/2012 de melhor criador e expositor da Associação Brasileira de Criadores de Gado Girolando. Outro destaque: no ano passado comercializou 50% da doadora “Maga”, filha da “Fada Vila Rica” x “Radar dos Poções”, por R$ 50 mil. Isso prova que trabalhar priorizando a transferência de embriões na reprodução, entre outros fatores, tem dado à Xapetuba, além de padronização ao rebanho, acertos na expansão da genética que se propõe à raça Girolando.
Mais informações: - Fazenda Xapetuba; telefones: (34)3216-1287 e 9927-0214, site: www.xapetuba.com.br.
- Cassimiro Cesar de Castro/Applic; telefones: (34)3831-3832 e 9109-8972.
CRÉDITO: http://www.baldebranco.com.br/
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O RICO SABOR DA MANHÃ
O consumo de um desjejum saudável equilibra o tom do dia. Contribuem para isso diferentes fontes de proteína, como os lácteos, que podem ser aproveitados de diferentes formas
O tradicional café da manhã, composto de café, leite, pão, manteiga, queijo ou requeijão e frutas, representa na verdade a refeição mais importante do dia. No entanto, muitos a ignoram inteiramente ou escolhem alimentos pobres em proteínas. Um desjejum equilibrado inclui proteínas de alta qualidade.
Pesquisas recentes indicam diferenças fisiológicas após o consumo de um café da manhã rico em proteínas e um café da manhã rico em carboidratos. Demonstram que a primeira opção promove saciedade, preservação da massa magra, controle do peso e equilíbrio nitrogenado. O consumo de um desjejum saudável equilibra o tom do dia.
Os indivíduos que dispensam o café da manhã geralmente compensam pelo consumo excessivo de alimentos à noite. Um estudo sobre estilo de vida em adolescentes japoneses apontou que pular a primeira refeição, ou consumi-la rapidamente, associado à inatividade física, são fatores que promovem sobrepeso. Estudos recentes na Alemanha e no Irã confirmaram tal tese em crianças.
Ingestão protéica - A maioria das pessoas normalmente consome quantidades pequenas de proteína a partir de leite e queijos no café da manhã (15% das proteínas totais); em geral, menos que 10 g. Um estudo mostrou que mulheres idosas e adolescentes foram os dois grupos mais propensos a consumir menos proteínas que as necessidades médias estimadas.
Por todo o mundo, os lácteos otimizam a nutrição de grande parte da população, fornecendo não só proteínas, mas também micronutrientes essenciais. A proteína é um nutriente diário essencial, pois atua na reparação das células do corpo, construção e reparo das células do organismo, construção e reparo dos músculos, ajuda a construir e manter ossos e ainda ajuda a controlar muitos processos metabólicos.
A eficiência da utilização da proteína diminui através da vida adulta e, assim, a ingestão adequada em proteínas é de particular importância para populações envelhecidas. É importante que adultos maduros com declínio no apetite, mantenham ingestão de nutrientes importantes com menos calorias e a proteína é um dos nutrientes esquecidos com frequência. Muitos idosos também possuem dificuldade no mastigar ou deglutir e as substituições por refeições líquidas, com base láctea, podem ser um caminho para otimizar e assegurar ingestão adequada em proteínas.
O que escolher - A escolha é importante e afeta potencialmente a atuação mental e física por todo o dia, assim como o humor, peso e saúde. Um bom desjejum fornece a energia necessária para enfrentar o dia, assim como algumas das vitaminas e minerais necessários para a boa saúde. As pesquisas demonstram que o consumo da manhã ajuda a estabilizar o açúcar no sangue, controlando o apetite e a energia.
É de consenso geral que cerca de 20% da ingestão calórica do dia deve ser consumida na hora do desjejum – ou seja, por volta de 400 kcal para mulheres e 500 kcal para homens. E a combinação de um alimento feculoso,
fibras e proteínas, seria o ideal. O café da manhã deve, portanto, incluir alimentos fornecedores de energia, vitaminas B, ferro e fibra.
Os cereais matinais, mingaus, pães, bolachas ou torradas são boas fontes de energia e ajudam no metabolismo. Uma tigela de cereal matinal com leite fornece no mínimo 25% das recomendações diárias para muitas vitaminas essenciais e 17% em ferro, sendo boa fonte de vitaminas e fibras. O café da manhã é a hora perfeita para incluir no mínimo uma das cinco porções recomendadas por dia em frutas e hortaliças. Uma boa opção é adicionar frutas frescas, polpa ou secas ao cereal ou ao leite batido, ou ainda fazer uma vitamina com leite, maçã e banana.
Leite e derivados - Estes são os produtos fornecedores de proteínas, cálcio e vitaminas do complexo B. O cálcio é essencial para manter ossos fortes e saudáveis. Uma porção de leite com café ou na tigela de cereais pode completar um terço das recomendações diárias em cálcio.
Utilize leite com baixo teor de gordura, desnatado, semidesnatado no cereal. Se você não tiver ou não gostar de cereais, consuma um copo de leite puro, como milkshake ou como vitamina. Pode-se também ingerir um iogurte ou um queijo de baixo teor gorduroso. O iogurte natural é delicioso principalmente quando recoberto com um pouco de frutas ou uma mão cheia de muesli. Um sanduíche de queijo branco com presunto é outra boa fonte protéica, sem ser rico em gorduras.
CRÉDITO: http://www.baldebranco.com.br/
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